- Balaclava Fest estreia no Opinião em Porto Alegre
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Na última quarta-feira (09), os gaúchos puderam conhecer o Balaclava Fest. O festival oriundo do selo alternativo Balaclava Records. que tem contemplado os fãs desse estilo com um movimento de cena e shows que não eram tão comuns, foi construído pela primeira vez fora do seu berço: a capital paulista.
O line-up da noite de instabilidade climática oferecia 3 bandas com características bem diferentes: Ombu, Tops e Yuck. Cabe ressaltar que o festival nasceu após uma manifestação de fãs pelo show da banda britânica, unicamente. E a seleção final ofereceu uma boa variedade das diferentes nuances que o guarda-chuva do indie oferece.
Ainda com pouco público na casa, que no fim das contas não chegou nem perto de sua lotação total, os paulistas da Ombu subiram ao palco e pediram o aprochego de quem já estava acompanhando o evento, como uma forma de ocupar os espaços à frente e deixando o show talvez até mais intimista. Assim fizeram com que o público perdesse a timidez inicial e que a troca artista-público fosse oficialmente estabelecida.
Essa é a segunda passagem da banda por Porto Alegre, a primeira aconteceu no meio desse ano quando tocaram ao lado das bandas Raça e Não Ao Futebol Moderno. A resposta no palco foi positiva, não enérgica nem vibrante, mas isso talvez pelo desconhecimento da banda, que com 4 anos de carreira ainda tenta se firmar e representar de forma mais contundente, a herança do emo no Brasil, ou o chamado rock triste.
A banda que, como já citado, conseguiu criar sua atmosfera, se desenrolou apresentando músicas dos dois EPs lançados Mulher (2015) e Pedro (2016) em um show curto, de em média 40 minutos, mas o suficiente para propor um aquece de ambiente para os canadenses da TOPS que viriam em seguida.
Sem atrasos, a banda TOPS trouxe ritmos mais animados, uma coloração diferente ao palco. Mesmo não sendo conhecidos por parte do público, a sonoridade leve da banda aliada à simpatia e carisma da vocalista Jane Penny e do guitarrista David Carriere, contribuíram para as dancinhas, ainda que comedidas, de um synth pop bem arranjado. Seguros de sua apresentação que em alguns momentos se assemelhava aos timbres soltos de Mac DeMarco good vibes (Mac DeMarco que se apresentou nesse mesmo palco ano passado e nós estávamos lá). Eles fecharam elogiando a boa recepção do público com um “You are Tops!“, elogio que ficou claro para brasileiros e canadenses, e aproximou os laços de quem chegou de cantinho e fez bom proveito do palco, tornando-se a grata surpresa da noite.
Analisando a construção do line-up pode-se dizer que houve uma ponte, de forma crescente das bandas, não em termos qualitativos (mesmo que assim pudesse ser descrito), mas na progressão da melancolia até desembocar na sujeira do Yuck.
Sem enrolação, o quarteto britânico chegou sentando o dedo em “Cannonball”, single mais recente da banda, e que a plateia cantou a plenos pulmões. “You dropped me off like a cannonball”.
E caso eles tenham sido abruptos demais na chegada ao palco, o vocalista Max Bloom deu um jeito de deixar todo mundo na mesma sintonia, quando pegou o celular e pronunciou, em português, um providencial “Fora Temer“, seguido de “Fora Trump“.
Sintonia ajustada em frequência lo-fi e bom noise, o Yuck trouxe novamente em seus primeiros momentos a animação que estava adormecida. TOPS fez um bom show, mas não o suficiente para extravasar e receber cotoveladas pelo êxtase do ambiente. Com “Get Away” e “The Wall” a banda teve seus melhores momentos, colocando em jogo as guitarras distorcidas e um gostinho dos anos 90 para um público que vibrou ao tocar My Bloody Valentine nos intervalos entre os shows.
O bis dos britânicos foi marcado por uma versão de “Natsu Nandesu” da banda japonesa Happy End onde a baixista Mariko Doi demonstrou sua capacidade vocal.
Nenhuma das 3 bandas tiveram atrasos ou excederam seus tempos de palco, o BIS do Yuck pareceu até protocolar, mais por uma prática já das bandas em fazê-lo, do que propriamente por uma histeria e a necessidade de uma última música para selar a noite.
É difícil precisar qual sentimento predominava às 00h40, com o final dos 3 shows no Bar Opinião, prevaleceu o sentimento de felicidade de ter trazido um show e dois “de quebra” pela movimentação coletiva?
A realização foi plena?
A plataforma Mais Shows parceira da produção de São Paulo e responsável pela mobilização que trouxe o festival para a cidade, registrou 100 interessados em assistir ao show em menos de 1 hora após a criação do evento. Mas não pode-se dizer que a euforia inicial da internet converteu-se em bom público na casa.
Talvez pela noite meio chuvosa, talvez por ser uma quarta-feira, ou simplesmente porque ainda existe um buraco entre internet e vida real, ao menos no tocante aos eventos. Mas que a experiência inicial tenha servido para tomada de fôlego, e não desanimo, sobre a viabilização de Porto Alegre como rota oficial dos shows internacionais de menor porte.
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