O lançamento brazuca mais interessante do ano, até o momento, é o Come On Feel The Riverbreeze do Luziluzia, tratamos sobre o disco por aqui. Agora é a vez de Raphael, líder da banda, dar os seus pitacos sobre o próprio trabalho.
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Come On Feel The Riverbreeze, faixa a faixa por Raphael Vaz
“Summertime” e “Existir”
Foram as duas músicas que a gente fez em power trio, depois de acabar nossa antiga banda. Summertime tem cara de um verão mal acabado, com tudo de bom ou ruim que isso possa ter.
Existir deu um trabalho na mixagem, e quase não entrou no disco, mas tem um refrão que é beleza pura.
“Polinésia”
Belas guitarradas. Principalmente no final.
“Alegria”
Tem uma moça cantando a música inteira, em três harmonias diferentes. Minha pretensão era que ficasse tipo “What you Want”, do My Bloody Valentine, uma coisa bem cheia e suave; mas a gente não conseguiu arrumar isso na mix não. De qualquer forma, é uma das músicas preferidas da banda. Belas guitarradas também.
“Tempo, Tanto Faz”
A coisa mais bacana é a volta do refrão para os versos. As percussões caíram muito bem, coisa que a gente achou que não seria possível.
“Eu Caio” e “Torpe”
Gravadas na casa do Benke, são tipo duelo das drogas: uma queda livre seguido de um estado de limbo, de tranquilidade meio agonizante. Torpe é uma música do Benke, linda por demais, com uma melodia toda desenhada nos agudos que nunca mais atingi.
“Longe não mais”
É um dia intenso na praia. O Dinho fez uma melodia de backing vocal que incrementa o refrão, ficou que nem cores que se misturam.
“52 Hz”
Ela une as duas faixas vizinhas, e foi feita pra isso. Só o João toca aqui, junto com uma baleia que canta nessa frequência. É uma bonita história, foi tipo inspiração pro disco, pra capa, etc… A baleia também aparece no começo de Summertime.
“Cosmic Melodrama”
Esse nome vem de um filme, “My son, my son, what have ye done” do Herzog. Tem uma cena que o protagonista diz “It´s a perfect scenery for a cosmic melodrama”. Então juntei o nome com uma melodia que existia por essa época, e apesar de ter escrito a letra em português, achei que o inglês manteria a essência da coisa. O instrumental do fim saiu de improvisos. Foi a última música que fizemos e só quando fomos gravar que anotamos o número de compassos e a intensidade variável dos instrumentos.
“Monólogo do Velho Louco”
Essa faixa tem 6 guitarras, 2 sintetizadores e 3 vozes sobrepostas. Foi a primeira música que fiz na minha vida, e foi a primeira que gravamos na casa do Benke. O processo de gravação foi espontâneo demais. E o resultado, putz! É uma das que a gente mais gosta de escutar, e a faixa certa pra encerrar o álbum.
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E recentemente a banda lançou o vídeo de “Cosmic Melodrama”. Se não viu ainda, se liga!
Come on Feel the Riverbreeze é um lançamento da Balaclava Records.
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