- Foto: Manuela Scarpa/Photo Rio News.
O que dizer sobre o show da Florence + The Machine no Summer Soul Festival? Transcendental.
Primeiro, devo dizer que cheguei tarde, faltando meia hora para o show e saí assim que ela terminou, então não posso comentar muito sobre o festival como um todo, mas mesmo assim vou opinar: estava muito metade/metade. Metade hipsters que foram ver Florence e metade crianças e adultos fãs de Bruno Mars. Pra mim, ela merecia um show só dela. Mas isso não foi problema, porque mesmo com um setlist menor, a inglesa fez uma apresentação poderosa.
Começando pelo cenário, super simples, mas com um fundo do que me lembravam muito vitrais de igreja, algo que eu achei que combinava com a cantora no melhor dos sentidos. Depois vem aquela mulher, ruiva, linda, sorridente, conhecida por estar sempre bem vestida, e de fato estava: um vestido amarelo, leve, com mangas longas que, com as danças da cantora no palco, viravam movimentos fortíssimos, ondas e ar, um verdadeiro ballet.
Florence parecia muito confortável com o grande público. Nem sempre foi o caso, em grandes festivais de verão (pelo que acompanhamos via stream) ela variava de shows incríveis para meio mornos. Não foi o caso, ela estava muito feliz com o amor dos paulistanos e o tempo todo agradecia, pulava, fazia brincadeiras e sorria muito.
Um dos momentos mais emocionantes foi quando disse que devia seu sucesso e sua carreira a Etta James (que morreu semana passada), pois foi com uma música dela que tudo começou e prosseguiu cantando Something’s Got A Hold On Me a cappella.
Auge da noite? Dificil dizer. Não se engane, Dog Days Are Over pode ter sido catártico, mas não foi a única a animar o público: Shake It Out, Rabbit Heart (Raise It Up) e You’ve Got The Love entre outras também foram cantadas pela galera do começo ao fim, das partes mais calmas até as explosões. Coisa de fã mesmo. Acho que a Florence nem esperava.
O show foi transmitido por stream e já está disponível em alguns canais do youtube. Confira aí, se você perdeu.
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DIVINO!