Já se passaram 5 anos desde o primeiro Lollapalooza, lá no ido abril de 2012. Era um dos maiores festivais americanos desembarcando no Brasil. Muitas dúvidas surgiam a respeito do festival. O que seria da organização de um evento deste porte, com algumas desorganizações de grandes shows aqui no país?
Surgiam as dúvidas do lugar, do transporte, do valor do ingresso, da capacidade de público. Os dois primeiros festivais foram realizados no Jockey Club de São Paulo. Um lugar absurdamente grande, com distância de palco de mais de 1km, e razoavelmente de difícil acesso por transporte publico.
O primeiro foi marcado pela volta do Foo Fighters ao país, depois de mais de 10 anos desde a sua passagem no Rock in Rio. Com três palcos principais (Cidade Jardim, Butantã e Alternativo), para crianças (Kidspalooza) e eletrônico (Perry), o Lolla se instalou no grande campo do Jockey com uma estrutura surpreendente, bem organizado (com problemas de transporte, claro), mas bem além do que estávamos acostumados.
2012
O primeiro dia teve a estréia gigantesca da banda-do-amor-total-do-indie Cage the elephant, logo nas primeiras horas do festival, quando as pessoas ainda estavam chegando e se acostumando com o local. Mas quem estava lá pode lembrar muito bem o que saia daquele palco.
Teve a volta d´O Rappa com a orquestra no palco principal, com um ótimo show.
A bela Band of Horses, Joan Jett, que depois fez uma participação no show do FF.
E claro: Foo Fighters, com um Dave Grohl meio rouco, mas que deixou história neste dia.
https://www.youtube.com/watch?v=OO-e8_-bMv8
O segundo dia foi comandado por nomes de peso, também. Tendo como headliner os Arctic Monkeys, ainda teve Gogol Bordello, MGMT, Foster the People, Velhas Virgens, Plebe Rude.
O festival também recebeu críticas do Lobão que reclamou do horário do show para os brasileiros (esta eu vou pular).
Os macacos vieram (e incendeiam) incendiaram, mesmo debaixo de uma chuva torrencial no dia.
Público: 75 mil no primeiro dia e 60 mil no segundo.
2013
O segundo ano do festival foi o ano de 3 dias de muita música, no mesmo Jockey, e o ano do barro. Foi impossível sair de lá sem estar sujo de barro, um caos total, mas com uma organização melhorada em relação ao ano anterior.
O primeiro dia contou com Killers, Cake, The Flaming Lips, Of Monsters and men, os brasileiros Agridoce, Boss in drama. Um dia totalmente pop para um público muito mais jovem para o festival.
https://www.youtube.com/watch?v=Yi0uRgHpPso
No segundo dia, contou com uma participação mais pesada, um dia de blues-rock. O Queens of the stone age, que fizeram um grande show, pesado, para fã de rock, mesmo. Os Black Keys, que fizeram um show razoável que grande parte do público achou que não seria um show para grandes multidões, que o certo seria em uma casa de show fechada. Ainda teve Franz Ferdinand, Two door cinema club, Gary Clark Jr. E a genial, ainda sendo conhecida, Alabama Shakes. Um dia já melhor que o primeiro, e para grande crítica o melhor dos três dias.
https://www.youtube.com/watch?v=ktQxHXvpIrw
https://www.youtube.com/watch?v=OtP7NzcUZ_M
O terceiro dia já foi para os fãs mais antigos de quem? Do Pearl Jam, que dois anos antes já havia passado por São Paulo. Era a terceira vinda da banda para o Brasil. Teve também, o catártico show do The Hives (diga-se de passagem, merece um headliner em qualquer festival, e fez um show acima de Vedder e cia), teve Planet Hemp (em mais uma de suas voltas), Foals (uma grande surpresa, com um show redondo e honesto), Kaiser Chiefs, Hot Chip.
O Pearl Jam não havia liberado a transmissão ao vivo, mas depois de uma semana foi exibido o show.
https://www.youtube.com/watch?v=orgWG3clWlo
Público: 52 mil no primeiro dia, 55mil no segundo dia, e 60mil no terceiro dia.
2014
A terceira edição mudou de lugar, foi para o longíssimo Autódromo de Interlagos, com um espaço consideravelmente maior que o Jockey, mas que deu mais cara de festival ao Lolla. Com transporte complicado para chegar lá, a melhor alternativa ainda era o trem, mas há quem se arriscou ir de carro, taxis ou ônibus. Com lugares mais acessíveis para alimentação, banheiros, porém sempre tendo que andar um pouco mais.
Com dois palcos principais e um alternativo, o Lolla recebeu muitas críticas pela distância entre os palcos (na casa dos 2kms entre as maiores distâncias), muito maior que a do Jockey, porém, aparentemente com um sucesso maior que no ano anterior.
Voltando a ser divido em 2 dias, no primeiro tínhamos: Muse, Nine Inch Nails, Phoenix, Lorde, Imagine Dragons. Cage the Elephant, o retorno, e maior ainda. A ótima Portugal the Man.
https://www.youtube.com/watch?v=-6fnc1q3A3g
Já no segundo dia, nomes de mais peso musicalmente. Pixies, Soundgarden, Arcade Fire, New Order, Vampire Weekend, o garoto prodígio Jake Bugg, o coroa prodígio Johnny Marr, os brazucas Raimundo, Apanhador só, Brothers of Brazil.
Arcade Fire é das bandas mais bonitas de ser ver ao vivo, todo apaixonado por música deve ter um dia da vida para assistir o que essa turma do Canadá faz no palco. É uma celebração da música, da vida, do amor (e eu to ficando clichê demais).
Publico: 86 mil no sábado. 70 mil no domingo.
2015
Neste ultimo ano a organização deu uma mexida no festival. Os palcos mudaram de lugar, a distância, aparentemente, ficou menor em alguns poucos metros. Os dias foram divididos em rock e este indie da juventude. =)
No primeiro dia tivemos: Robert Plant, com um show redondo, nada de espetacular de um dos maiores gênios do rock. Kasabian, que levou um público à loucura. alt-J, um show normal, provocando um pouco de sono. St. Vincent com um show altamente convincente, e mostrando que ela é muito melhor ao vivo. Banda do marzzzZZZZzZZ. E um dos melhores shows do ano, o espetacular Jack White.
O absurdo, o gênio:
Já o segundo dia, muito mais pop, teve: Pharrell ‘Happy’ Williams, The Smashing ‘fucking’ Pumpkins, Foster the people, Interpol, Calvin Harris, e os brasileiros Scalene, Mombojó, O Terno e Pitty.
https://www.youtube.com/watch?v=DSKv3rrUtuo
https://www.youtube.com/watch?v=Zhpty685TGA
Público: 136 mil para os dois dias.
2016
Você pode torcer o nariz, e o Lollapalooza não está acima de críticas. Mas, a realidade precisa ser aceita, é o primeiro festival no Brasil que atende todos os gêneros com nomes de peso, e atentos à música no tempo presente, ou seja, nos mesmos moldes dos festivais de Grand Slam internacionais. Rock In Rio não consegue fazer isto (preferindo trazer medalhões ultrapassados, segmentado em tantos dias, que não pode ser chamado de festival no sentido de oferta de bandas por dia), Planeta Terra e Tim Festival não conseguiram fazer isso, ficando presos em gênero.. Finalmente estamos na rota de levar as coisas em nível profissional. O que acaba abrindo portas para que outros possam surgir futuramente.
Queremos MUITO ver: Tame Impala, Noel Gallagher, Alabama Shakes, Jack U, Mumford and Sons, Florence and the Machine, Eminem, Bad Religion, Versalle, Karol Conká e Joy Formidable.
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