Entrevista: Nevilton e o novo álbum Sacode

Nevilton em Londrina. Foto: Thiago Terror Moreira

A banda Nevilton em passagem por Londrina no final do mês passado, concedeu entrevista exclusiva para o 505 Indie, onde contou um pouco mais sobre a criação de Sacode, álbum lançado recentemente pela banda e que teve como um dos produtores Carlos Eduardo Miranda, também jurado no programa Ídolos. Confira abaixo a conversa com os super queridos Nevilton, Tiago e Chapolla.

505- Como foi a criação do Sacode, suas composições e que influências tiveram?

N- Basicamente a gente sempre escutou muita música, nunca nos restringimos quanto ao estilo e esse tipo de coisa. A gente tem ouvido muito do indie novo, mas abrimos muito nossa referência. Inicialmente, com o estilo de musica pop, o trabalho com o Miranda teve muito disso, muitas referências clássicas incríveis, assim como: Hall and Oates, Sparks, Badfinger,vários rolês que ao mesmo tempo eram power pop, bem tocados, arranjos super bem elaborados e construídos e isso foi bastante decisivo no jeito que elaboramos as músicas novas.

505- Como foi trabalhar com o Miranda como produtor? Ele deve trazer uma bagagem bem grande, né? Aparenta ser uma pessoa muito difícil de lidar justamente porque ele sabe o que está fazendo.

N- Tudo depende da ocasião… nosso rolê com ele foi muito suave..
T- Foi super gostoso, apesar da fama que ele tem, ele é tipo um tiozão, um queridão, um novo familiar, a gente tá falando que ele é o chefia da banda agora, que ele manda nessa parada!
T- Ele sabe direcionar bem pro que ele precisa…
C- Ele corta muito caminho, é muito direto.
N- E sem criar esse tipo de relação banda/produtor, ou uma pessoa difícil. Pelo menos com a gente não rolou nenhuma relação assim.

505- E aonde conseguimos enxergar o dedo dele no álbum novo?

N- Desde a sonoridade e a gente ter gravado na toca do bandido isso foi muito influência dele e do Thomás Magno, pois o disco foi produzido pelos dois. Mas principalmente isso, a sonoridade, e fora as influências que já falamos e que já revoluciona o som. Tá tudo junto e misturado, não dá pra explicar muito.

505- Dá onde veio a ideia do clipe de “Ballet da Vida Irônica” que saiu pouco antes do lançamento do disco novo e como foi a produção dele?

N- Foi um clipe que a gente fez colaborativo, com uma galera lá de Brasília, chamado Coletivo Esquina e já fazia um tempo que a gente já tinha iniciado o projeto, e ele tinha ficado pronto na mesma época que “Tempos de Maracujá” ficou pronto. Então ele ficou um pouco na gaveta, e como a gente já estava prestes a lançar o disco novo, era aquela situação: ou é agora ou é nunca, vai virar um bootleg, uma coisa rara, aí a gente publicou. O começo do ano foi mais gravando e trabalhando na parte interna,e essa publicação do clipe ajudou a esquentar os motores e mostrar pra galera que a gente tá na ativa, tá na área.

505- Qual vai ser a primeira música do novo álbum a ganhar clipe? Já tem alguma ideia em mente?

N- O plano é fazer de “Crônica”.

505- Vcs foram bem recebidos pela mídia independente e pelos blogs, mas como está a receptividade das rádios e das TV´s ao som de vcs?

N -Sempre foi uma relação muito saudável, só não é muito numerosa. Mas é questão de tempo também. A gente é uma banda jovem e tá na correria aí, fizemos o tema de verão pra uma rede de tv do Paraná, mas acreditamos que é tudo uma questão de trabalho e tempo mesmo.

505- E a agenda de shows? Farão alguma participação em festival, tem alguma coisa marcada?

N- Não temos nenhum festival fechado, mas temos vários shows marcados: Rio de Janeiro, Curitiba, Foz do Iguaçu, interior de São Paulo, e até mesmo este show em Londrina são como uma turnê. Agora que lançou o cd, de fato, estamos com motivação pra mandar brasa nos shows.