Em ‘A pele que habito’ estão lá: a figura do travesti, a adoração pelo fálico, a homossexualidade, os closes nos olhares dos atores, tudo isso é uma repetição, pertinente, na obra de Pedro Almodóvar. Este ultimo filme que saiu há uns meses aqui no Brasil é uma boa mostra, mesmo com a repetição de algumas coisas, da versatilidade do diretor espanhol. O maior ganho do filme é a excelente atuação de Antonio Bandeiras, ator que já fez ótimos filmes, inclusive deste diretor, mas que ultimamente vinha aparecendo em produções muito corriqueiras e banais. Não dá pra falar sobre a trama pra não perder a meada toda, pois a história depois de revelada torna-se um pouco clichê no cinema, mas foi tão bem amarrada e costurada na direção e roteiro que a tornam em um ótimo filme. Falando tecnicamente Almodóvar é um dos maiores do cinema, e nesta película ele homenageou filmes de terror clássico, com tomadas de câmeras que remetam a filmes mais antigos. Um filme hora claro, hora escuro, mas nunca deixando de lado as cores de Almodóvar, mesmo em cenas secas lá estavam alguns elementos do vermelho ou amarelo. Admirável é a forma como ele consegue misturar alguns tipos de arte como cinema e pintura, como ele consegue transpor para a tela imagem feito uma obra. Está longe de ser um grande filme do diretor, mas é um ótimo filme, para sempre matar a vontade de assisti-lo.
Nota: 9/10
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1 Comment
Diz que muito bom, eu no vi ainda, mas por ser Almodvar sempre vale a pena ver, sem falar que eu gosto dessa ceta “bizarrice” que ele sempre coloca em suas obras.