Por Vanessa Oliveira
SILVA: um dos sobrenomes mais populares do Brasil. Assim, sem frescura ou invenção de moda. Foi como o capixaba Lúcio Silva batizou seu projeto, lançado em 2011 com um EP de cinco canções. E que seria o prenúncio do seu primeiro CD – já no forno para sair ainda este ano pelo selo Slap, da Som Livre. Um trabalho que os cariocas puderam conferir neste final de semana, no Rio de Janeiro, no pequeno teatro do Oi Futuro, através da iniciativa Levada Oi Futuro.
O primeiro show aconteceu na sexta-feira, com casa cheia. E ao lado de Hugo Coutinho, na bateria, Lúcio arrancou aplausos animados da plateia ao apresentar, logo de início, a melódica “12 de Maio” – que poderia tranquilamente ser uma das faixas dos Los Hermanos no disco “Bloco do Eu Sozinho”. Uma recepção calorosa que se repetiria no momento em que Lúcio troca o teclado pelo violino, para tocar a bela “A Visita” – de clipe lançado recentemente na internet.
Muitas inéditas também fizeram parte do repertório, como “Moletom”, “Posso” e “2012”, além das antigas “Cansei” e “Acidental” – com versos displicentemente simples – como o nome Silva – sob a mistura de sons eletrônicos com um quê de música popular brasileira.
“Obrigado pela presença de todos. Tô muito feliz com a casa lotada”, disse ele com um sorrisão no final, antes de ouvir os pedidos de bis. Por fim, tocando mais uma vez “12 de Maio”, e, claro, “A Visita”. Fechando o show com os versos “São dois pra lá e dois pra cá / Você vai ver no que dá / Cantar de novo esse refrão” – acompanhado pelas tímidas vozes do público, enquanto alguns espectadores na lateral do teatro, ensaiavam seus passos.
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