Estive no segundo dia do Lollapalooza 2013 e cheguei ao evento por volta das 15h30. Retirei meu ingresso sem pressa e não havia filas, ao contrário do relatado pelo público do 1º dia. A lama ao contrário, permanecia bem molhada, mas não representou empecilho para que o clima do festival fosse prejudicado. Uma coisa quase woodstockiana, embora sem o espírito hippie, já que em alguns pontos mais secos era possível ver filas indianas se formando para atravessar os pequenos brejos. Two Door Cinema Club era uma das primeiras atrações que desejava assistir, e enquanto o show não começava, pude acompanhar um trecho da apresentação de Tomahawk e Gary Clark Jr. Preferi ficar no Palco no Perry para ouvir o som de Lennox.
Two Door Cinema Club
Com timidez, o Two Door Cinema Club adentrou o palco Cidade Jardim às 16h30 dos segundo dia de Lollapalooza. Aos poucos, os irlandeses se soltaram, interagiram com o público e fizeram o dance rock que estão acostumados. Tocando acordes limpos e com bons vocais, a banda fez uma apresentação que agradou o público mais juvenil que assistia: justa, sem malabarismos, e com hits de seus dois discos lançados – “Tourist” (2010) e “Beacon” (2012). Um show digno e leve para uma tarde de sol poente.
Sleep Alone
Undercover Martyn
Do You Want It All?
Cigarettes in the Theater
This Is The Life
Wake Up
You’re Not Stubborn
Sun
Pyramid
I Can Talk
Next Year
Something Good Can Work
Handshake
Eat Up, That’s Good For You
Someday
What Your Know
Franz Ferdinand
A trupe de Alex Kapranos já pegou amor pelo país – foi a sexta passagem do grupo do país. Apesar da cordialidade e empenho da banda escocesa, o show soou como se “ah, de novo Franz”. E aí bateu o arrependimento de não ter ido ver Alabama Shakes, que dividiu o público por tocar no mesmo horário, às 17h30, no palco Alternativo. Além dos já esperados hits, como o de abertura “No You Girls” apresentaram no setlist uma canção que fará parte do disco a ser lançado no segundo semestre desse ano, “The Blackpool Illuminati”. O grande momento do Franz, com certeza, é quando tocam “Take me Out” – todos pulam, cantam e se divertem, não há como ficar parado. O show foi encerrado com outro grande sucesso da banda, “This Fire”, mas a essa altura, já me deslocava para assistir Queens of the Stone Age, no palco Cidade Jardim.
No You Girls
I’ll Never Get Your Bullet Out of My Head
The Dark of the Matinée
Fresh Strawberries
Do You Want To
The Blackpool Illuminati
Walk Away
Stand on the Horizon
Michael
Evil Eye
Take Me Out
Ulysses
Good Bye Lovers & Friends
Can’t Stop Feeling / Outsiders
Trees & Animals
The Fallen
This Fire
Queens of the Stone Age
Muita gente achou injustiça os caras não serem headliners do segundo dia do evento, e o Queens fez essa injustiça valer e entraram literalmente quebrando tudo – estava calmamente me embrenhando em meio a multidão e muita lama, quando os primeiros acordes de “The lost art of keeping a secret” começaram. Todo o lugar foi tomado por rodas de “bate-cabeça” e aí foi um “salve-se quem puder” para pessoas com um porte físico menos avantajado como o meu. Como se não bastasse, os fãs foram a loucura e não deram a menor importância para a o brejo do Lolla. Chafurdaram em “No one knows”. Josh Homme também fez jus a sua fama de bad ass e interagiu com os fãs repetindo um fuck atrás de outro, mas tudo com enorme simpatia, claro. O setlist foi basicamente de hits, com direito a introdução de uma música nova, “My God is the sun”, precedendo“Little sister” – que contou com uma apresentação graciosa de Josh – “Essa vai para as irmãzinhas”. Para os mais fanáticos, uma hora e cinco minutos foi pouco, mas levando em conta a porrada que o único momento de calmaria foi durante o amorzinho “Make it wit chu”, o espetáculo representou foi bem satisfatório. Parecia que ia ter bis, mas não teve. Tá bom né?
The Lost Art of Keeping a Secret
No one Knows
First It Giveth
Sick, Sick, Sick
Burn The Witch
Monsters in the Parasol
Hangin’ Tree
Make it wit chu
My God Is The Sun (nova)
Little Sister
Better Living Through Chemistry
Do It Again
Go With The Flow
A Song for the Dead
Criolo
O som do rapper teve início no palco Alternativo logo após o show do Queens of the Stone Age e estava bem cheio. Criolo performou as músicas de “Nó Na Orelha” e o público cantou e dançou junto, com praticamente o mesmo set do seu DVD ao vivo, gravado no Circo Voador, Rio de Janeiro. Nota 10 para a apresentação e para o cantor, que mostrou entusiasmo em participar de um grande evento – Criolo avisou que um telão fora montado em seu bairro de origem, Grajaú (zona sul de São Paulo), para que os moradores de lá pudessem acompanhar o show. Além do respeito às origens sempre enfatizado em seus versos, o rimista mostrou que sendo atração em um festival com ingressos tão caros, soube prestigiar o seu público criado a “leite com pêra”. Disse certa altura do show que queria que todos ali se divertissem, porque trabalharam a semana inteira. “Mariô” abriu e “Vasilhame” encerrou.
Black Keys
A dupla de Dan Auerbach e Patrick Carney fez compensar toda a lama e murmúrio dos fãs. O Black Keys é uma banda de caras, feita para caras que querem ser como Dan e também para agradar as moças, que rebolaram muito ao som do blues rock durante uma hora e meia de show. “Howling for you”, “Next Girl” e “Run Right Back” abriram o set já com bastante força, demonstrando que Farrel não estava errado ao imputá-los como headliners do sábado. Quem assistiu o show pela televisão disse que não empolgou. É verdade que Dan Auerbach não esboçou sorrisos para a plateia, mas o estilo da banda não parece ser esse. As que mais mexeram com a emoção, “Tighten Up” e “Lonely Boy”, foram deixadas para o final. Fizeram o seu trabalho, o público que assistiu de perto (ou de de bem longe, como eu) ficou satisfeito e, fecharam com uma grande chave o segundo dia de festival.
Howlin’ for You
Next Girl
Run Right Back
Same Old Thing
Dead and Gone
Gold on the Ceiling
Thickfreakness
Girl Is on My Mind
Your Touch
Little Black Submarines
Money Maker
Strange Times
Ten Cent Pistol
Nova Baby
Sinister Kid
Everlasting Light
She’s Long Gone
Tighten Up
Lonely Boy
I Got Mine
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