Foi com Boogarins, Wannabe Jalva e Thiago Pethit que o bar Opinião inaugurou na última quarta-feira, em Porto Alegre, o Brgmota Nights, projeto que promete espaço maior pra cena indie.
A noite começou muito bem com show dos goianos, em setlist enxuto, de 45 minutos, onde se apresentaram de forma mágica, fazendo parecer que o próprio cd havia sido colocado pra tocar. Além de tocar as músicas já conhecidas do álbum As Plantas que curam, eles também deram um gostinho do trabalho novo.
Trocamos uma ideia com os caras do Boogarins e foi assim.
505 Indie: O que a gente pode esperar do Boogarins pra esse ano?
Boogarins: Pra esse ano, vamos lançar um discão novo no segundo semestre, que vai ser muito das coisas que estamos fazendo ao vivo desde o ano passado.
Mas vai seguir a mesma vibe d’As Plantas que curam?
Não porque agora é mais banda né, de ser músicas gravadas ao vivo, é uma coisa mais do Boogarins pensando como banda.
Passa uma ideia mais madura então?
Não sei se é madura, mas é mais formada, é o disco da banda que começou pra ser disco.
A saída do Hans (ex baterista) pra entrada do Ynaiã na banda fez alguma diferença?
O disco todo (As plantas que curam) é o Hans tocando, uma delas é o Ynaiã tocando, mas parece que a gente renovou as canções, a entrada do Ynaiã mudou muita a dinâmica das músicas, a gente botou parte nova, instrumental novo, deu um gás novo no negócio todo.
Vocês tem contrato com o selo americano ainda né, e agora assinaram com o selo brasileiro Tra lá lá, muda algo?
Ainda temos contrato com o selo americano. Ambos são responsáveis por lançar o disco, no lance de criação e composição até agora é bem livre, eles dão ajuda, o suporte, mas são bem livres, eles são uma gravadora que nos auxiliam na parte de lançar material mas não no processo criativo.
Pressão pra um disco novo existe?
Não, de modo maneira, não era nem pra ser disco, a gente tava só gravando as musicas, então assim, não temos pressão por algo novo, porque pra gente já está sendo novo, essa experiência que eu estou falando de dividir tudo agora em banda, cada um pensando um instrumento. E esperamos que as pessoas gostem das musicas porque é a gente fazendo as musicas do mesmo jeito, é os shows que a gente tem executado em tantos lugares e o público está gostando, então é isso que vai estar no disco.
É o que a gente já tem visto, mais disto?
Não, porque as musicas são diferentes. Em padrão de qualidade eu não sei o que dizer pra você, porque nem sei quão bom foi o primeiro.
As músicas foram compostas de uma maneira parecida, ideias que surgem de uma parte pequena, com violão, então essas músicas vão ter diferencial porque a gente já arranjou ao vivo, com uma banda, com as 4 pessoas. Quatro pessoas pensando, então tem mais essa ideia de ser disco de banda.
Eu acho que esse segundo disco vai ser um recorte diferente do que foi o anterior. Em As plantas, nós tínhamos muito dessa coisa de ser gravado num quarto, as músicas podem soar grandes por causa de um arranjo, mas elas são intimistas e agora, com a banda, dá pra dizer que é um disco mais rock. Já As plantas é um monte de coisa, dá pra se dizer que é um disco lo-fi, gravado em casa, e isso da muita significância pro disco. Mas esse segundo já foi gravado em estúdio, na fita, então tem essa coisa de ser um disco mais de banda de rock.
E A NOITE CONTINUA
Na sequência Wannabe Jalva teve o árduo trabalho de manter o alto nível e conseguiu. Mesmo atrapalhados no inicio com problemas técnicos, a banda seguiu a primeira apresentação “em casa” depois da entrada no programa Superstar, hits já decorados por todos encheram a apresentação mais dançante da noite.
505 Indie: Como foi o lance da banda no Superstar?
Wannabe Jalva: Estamos curtindo participar. No meu ponto de vista, não tem muita manipulação, eles saem pelo Brasil mesmo buscando artistas que tenham algum potencial e se encaixem no que eles querem fazer e dão espaço pra eles, se o público responder… beleza.
Comenta-se muito o inverso, mas ter uma banda já com certo reconhecimento, pode ajudar a dar maior visibilidade pro programa?
Acho que sim, eles super respeitam nosso trabalho, a gente faz do jeito que a gente quer, da maneira que a gente quer, e a galera tá baixando e comprando nossas músicas. E fomos nós mesmos que produzimos e gravamos no estúdio da Globo, mixamos e finalizamos a produção aqui. Totalmente independente. E na questão de produção, efeitos que a banda usa, é nosso, foi a gente que fez, eles não falaram absolutamente nada, só elogiaram e aceitaram. Pra nós está sendo ótimo, a resposta da galera tá sendo 99,9% positiva.
Vocês, tal como Boogarins, se lançaram mais fora do que aqui, qual a recepção daqui?
Dá mais credibilidade se lançar fora primeiro, a gente acredita que lá fora tem mais espaço, a gente não quer ser uma banda local, a ideia é levar nosso trabalho pra fora, a gente quer expandir, tanto que a gente quer ir pra Europa, expandir lá, pra conseguir ter esses braços.
Acho que a recepção aqui no Brasil foi boa, pelo fato dos EUA terem aceitado bem a Jalva, de rádios terem aceitado bem, a galera ter chamado, surgido muita coisa gera uma credibilidade legal aqui e infelizmente pro brasileiro quando o som chega aqui vindo de fora, aceito lá fora, chega aqui diferente e a gente percebeu isso: “ah eles já tocaram lá fora”. E sempre foi natural a vontade de fazer lá fora.
Vocês têm previsão de trabalho novo?
Quando gravamos Collecture, foram 12 músicas, e soltamos só 5, então temos 6 ou 7 músicas na manga que pretendemos fechar um álbum e lançar.
Foi tudo gravado junto. As 12 músicas seguem o mesmo estilo, a mesma vibe. As músicas que sobraram fazem parte do Collecture, mas a gente achou melhor segurar algumas, ao invés de lançar as 12 músicas direto, é melhor pra banda trabalhar em dois momentos, duas fases. Mais divulgação, mais música.
A previsão de lançamento seria pra agora, mas como rolou o Superstar, resolvemos segurar e ver o que virá de resposta do Superstar, porque automaticamente surgem coisas novas com o lance do programa e assim aproveitar a próxima onda e divulgar. Temos bastante coisa pra soltar ainda.
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