Falar sobre Pink Floyd, normalmente é um tanto quanto complicado, principalmente para leigos. Destes, sempre surgem comentários como: “ah…tá, daquela música dos helicópteros né?. Sei qual é. Legal né?”. No entanto, debater a obra e as diversas fases do Pink Floyd para quem conhece sua música é necessário construir um muro em volta de si para se proteger das pedradas alheias.
Afinal qual fase é melhor? A era Syd Barrett (1965-1968)? A era clássica (1968-1981)? A era Gilmour (1987-2014)? Os tempos de banda no auge ou o domínio de Waters sobre letras e conceitos?
Essa briga Waters X Gilmour vai longe e dá mais dor de cabeça que discutir arbitragem em jogo do Corinthians.
O objetivo desta lista é relacionar os álbuns do pior para o melhor. E, quando se trata de Pink Floyd é difícil definir exatamente qual é o pior e qual o melhor, isso é mensurável mais por gosto pessoal, afinidade com determinadas fases ou sonoridades de cada período. E, nesta lista, o mimimi de alguns é previsível. Portanto, vamos definir os termos para esta lista: não foram levados em consideração álbuns ao vivo, pois os registros oficiais são apenas três, sendo dois quase iguais em termos de repertório (Delicate Sound Of Thunder e PULSE), e o Ummagumma (Live Album) de 1969 é bom, mas tem bootlegs bem melhores da época. Também foram excluídas as coletâneas, que apesar de completas e abranger diferentes momentos da banda, não apresentam o trabalho de forma coerente. Ouvir Pink Floyd exige que se escute os álbuns inteiros para entender a temática das letras e coletâneas não traduzem este sentimento.
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15º – A Momentary Lapse Of Reason (1987)
Historicamente relevante, musicalmente questionável. Primeiro álbum após a saída de Roger Waters, já sob a batuta de David Gilmour e Nick Mason. Os 285.987 músicos contratados e a produção de Bob Ezrin prejudicaram a sonoridade, que ficou mais próxima do álbum About Face (1984), solo de David Gilmour, do que de Pink Floyd. Há bons momentos como “Signs Of Life“, “The Dogs Of War” e “Sorrow“. Mas mesmo os bons singles extraídos deste álbum (Learning To Fly e On The Turning Away) soam radiofônicos demais. Não é um álbum ruim, mas ao final do lado B, no momento que a agulha repousa no toca-discos, ele não convence.
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14º – More (1969)
Primeiro álbum sem a presença de Syd Barrett mostra uma banda ainda crua, e baqueada com o fracasso dos singles de “Point Me At The Sky” e “It Would Be So Nice“, buscando um direcionamento musical, mas já permeado pelas atmosfera criadas por Rick Wright. Deste álbum, “Green Is The Colour” e “Cymbaline” eram presença certa nos shows até 1971, inclusive integrando a peça The Man & The Journey. Por se tratar de uma trilha sonora para um filme de mesmo nome, há passagens interessantes como “Up The Khyber” e “A Spanish Piece”, bem como uma das pegadas mais pesadas (ou carregadas) da banda em “The Nile Song” e sua irmã “Ibiza Bar“.
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13º – Meddle (1971)
Meddle é uma grande incógnita na discografia da banda. A faixa “Echoes” é clássica, “One Of These Days” também, e “Fearless” se destaca entre as “faixas comuns”. Ponto. Álbum relativamente incoerente por conter de um lado, um épico como “Echoes” e do outro, “Seamus“, considerada por muitos fãs a pior música do Pink Floyd. O disco da orelha na capa, mas ainda não convence como banda, tanto que foi um dos processos de gravação mais complicados pois eles não sabiam o que fazer e começaram a juntar pedaços e intitulá-los “Nothing Pt 1”, “Nothing Pt 2”. “Echoes” foi composta para participar da trilha sonora de 2001: Uma Odisséia no Espaço, mas não foi aprovada por Kubrick, mas experimente sincronizar Echoes com o último capítulo de 2001, Jupiter and Beyond The Infinite.
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12º – The Piper At The Gates Of Dawn (1967)
Piper é Syd, e Syd é o louco que criou essa obra, virou lenda antes do verão do amor dar as caras. O primeiro álbum está nesta colocação pois a fase progressiva é muito mais intensa e está num patamar muito mais elevado. A piração deste álbum é ouvi-lo por completo. Não rola ouvir só uma faixa, não há ponto baixo nele. Piper pode não ser um frequentador assíduo da maioria dos Toca-discos por aí, mas tem seu lugar de respeito! Os destaques ficam por conta de “Matilda Mother“, “Lucifer Sam” e o solo infame de guitarra que Syd executa em “Take Up Thy Stethoscope And Walk“.
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11º – A Saucerful of Secrets (1968)
Neste segundo álbum também num período transitório, consta o único registro gravado do line-up de 5 membros com Gilmour e Barrett nas guitarras. A Saucerful of Secrets é uma colcha de retalhos. O álbum traz bons momentos como “Let There Be More Light” e “Remember a Day” e “Corporal Clegg” com sua perna de pau e o sarcasmo britânico de Waters fazem o álbum valer. A auto-indulgência de Syd Barrett em sua última composição com o Pink Floyd sintetiza a atmosfera do momento: quebrada, insegura e instável.
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8 Comments
Tambm sempre achei o Momentary o mais fraco e sempre curti muito o The Final Cut, enquanto quase ningum curtia esse lbum. Discordo em algumas coisas nessa ordem mas achei muito interessante
Learning to fly sozinha melhor que uns 4 lbuns do Floyd. Umabunda e finado c* so os mais lixos. Agora, voc mostrou no ser entendido da banda ao colocar Animals em primeiro kkkkkkkkkkkkk
Outra ignorada que s os no entendidos ou fs de waters solo sempre erram ignorar o peso de cymbaline e wots the deal. Cara, no adianta… Dark side a maior obra dos caras e fechou. No adianta. Wish you were here tambm humilha Animals