É sempre muito difícil apontar qual a melhor banda, o melhor guitarrista, melhor vocalista, etc, principalmente pelo fato de ser algo muito pessoal e geralmente a comparação é feita entre grandes nomes o que torna o processo ainda mais difícil.
Os fãs de Heavy Metal em geral são um tanto quanto saudosistas, não gostam de ver suas bandas favoritas mudando um pouco de estilo ou mesmo evoluindo para outros horizontes musicais. Mas com o Iron Maiden, esta regra não se aplica ao pé da letra, pois mesmo a banda tendo se mantido na fórmula Mi, Dó, Ré por quase toda sua discografia, é nítida a evolução e a busca por novas possibilidades criativas.
Veremos isso mais detalhadamente no decorrer do texto.
Vamos então ao ranking de todos os álbuns do Maiden:
15º – No Prayer For The Dying (1990)
Já entrando de sola na canela, eis o pior álbum.
A tragédia começou a ser pressentida com o anúncio da saída de Adrian Smith que alegou incompatibilidade com a sonoridade da banda e decidiu se dedicar ao A.S.A.P (Adrian Smith And Project) e posteriormente ao Psycho Motel e posteriormente ainda se juntou à carreira solo do Bruce Dickinson, mas não vamos nos alongar nisso.
Com a saída de Adrian, o todo poderoso Harris convidou o guitarrista que havia gravado o primeiro álbum da carreira solo do Bruce, Tattooed Millionaire, chamado Janick Gers para assumir a vaga. Até ai tudo bem, apenas um pequeno regresso para uma banda que já era maior que qualquer um de seus membros nessa época. Junte a pressão crescente, uma vez que nunca havia decepcionado nos lançamentos anteriores e o fato de não ter nada empolgante naquele momento. Pronto foi um desastre. Um álbum que geralmente é lembrado por “Bring Your Daughter… to the Slaughter”, música esta que o Bruce havia gravado para sua carreira solo e foi inclusive incluída na trilha sonora do filme “A Nightmare on Elm Street 5: The Dream Child”, ou talvez pela divertida “Holy Smoke”, que na verdade tem uma letra bem afiada. Mas, infelizmente, nada muito além disso se salva neste álbum.
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14º – Virtual XI (1998)
O segundo, e último, álbum com o vocalista Blaze Bayley acabou decepcionando mais aos fãs, do que a saída de Bruce dos vocais.
Um álbum melancólico e bem diferente de seu antecessor X Factor, com músicas fracas, salvo “Futureal” que é o carro chefe e funcionou muito bem ao vivo, e talvez o single “The Angel and Gambler” e “The Clansman”.
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13º – A Matter Of Life And Death (2006)
Abrindo com a boa “Different World” este álbum impressiona pela produção do grande mestre Kevin Shirley. Tendo como tema principal, o fim da segunda guerra mundial, conta com ótimas músicas como “Brighter Than A Thousand Suns” (baseada no Projeto Manhatan) e “The Longest Day” (que fala sobre o Dia D) sem esquecer do grande single “The Reincarnation Of Benjamin Breeg”.
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12º – Final Frontier (2010)
Este é um álbum que deve ser ouvido várias vezes até que possamos digeri-lo e entendê-lo de fato, pois em uma primeira audição ele pode parecer um pouco confuso mas aos poucos vai se revelando um disco fantástico.
“Satellite 15… The Final Frontier” abre o álbum de maneira psicodélica e hipnotizante seguida por “El Dorado“, outra grande faixa. Mas os grandes destaques ficam para “The Alchemist” e “When The Wild Wind Blows”.
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11º – Dance Of Death (2003)
De longe a pior capa do Iron Maiden, mas como não é o que estamos avaliando aqui, vamos ao que interessa.
Recheado de grandes músicas este álbum é o segundo com a atual formação da donzela e como no álbum anterior, Brave New World, cheio de linhas de guitarra, o que para mim é algo excelente, pois além de fã da banda, sou guitarrista.
Bom o primeiro single lançado desde álbum é a música de abertura, Wildest Dreams, que é bem direta e já dá uma ideia de como será o restante do álbum, assim como toda primeira música de um álbum deveria ser. O outro single que também rendeu um belo vídeo clipe é Rainmaker que possui um belo riff de guitarra ao estilo Iron Maiden.
Uma curiosidade deste álbum é participação, pela primeira vez, de Nicko McBrain como compositor, New Frontier fala sobre clonagem e experiências genéticas, ficou muito boa, ele deveria se aventurar mais como compositor.
Não posso deixar de citar outras três grandes músicas: Dance Of Death que tem uma pegada celta, Paschendale que é minha favorita de todo o álbum e a Journeyman que encerra o disco em grande estilo.
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