O primeiro spin-off derivado da franquia Star Wars chegou oficialmente aos cinemas brasileiros e foi uma boa surpresa.
Rogue One traz a história da célula rebelde responsável por roubar os planos da estrela da morte, o estopim do primeiro filme da série “Uma Nova Esperança”. A história gira em torno de Jyn Erso (Felicity Jones), filha do cientista Galen Erso (Mads Mikkelsen), a mente por trás da construção da arma suprema do império. Jyn é resgatada de uma prisão pelo espião e assassino Cassian Andro (Diego Luna) e pelo robô K2-SO (Alan Todik), uma espécie de Sheldon (The Big Bang Theory) devido a sua falta de habilidade social que serve como um pequeno alivio cômico na trama. Ainda que relutante no início, ela se junta à rebelião na esperança de reencontrar seu pai. A pequena célula recebe, depois, o apoio de Chirrut Îmwe (Donnie Yen) e Baze Malbus (Wen Jiang), antigos seguidores dos Jedis e da força, além do piloto desertor Bodhi Rook (Riz Ahmed). O lado escuro da força fica por conta do vilão Orson Krennic (Ben Mendelsohn), que tenta finalizar a estrela da morte e provar seu valor perante os cargos mais altos e temidos do império.
A equipe de rebeldes se forma ao redor de Jyn, porém o que deveria ser orgânico e natural acaba soando mecânico e artificial. Falta um pouco de carisma à Felicity e uma ajuda do roteiro para que seu papel tenha o magnetismo necessário para unir a equipe.
O filme acerta ao mostrar uma rebelião que não é puramente heroica e bondosa, como parece na trilogia original. Aqui vemos a aliança usando espiões e assassinos, sem medo de assassinar informantes e usar táticas de guerrilha para frear o avanço do império, o que faz todo sentido em uma rebelião. Existe, inclusive, uma facção mais radical de rebeldes capitaneada por Saw Gerrera (Forest Whitaker), personagem com papel importante na infância de Jyn Erso, mas que tem o relacionamento entre os dois pouco explorado na tela.
Ao contrário da eterna batalha entre a luz e o lado sombrio, Rogue One é mais parecido com um filme de guerra e espionagem. Os efeitos das guerra são mais duros sobre os personagens e as pessoas normais, o que deixa a trama interessante e menos repetitiva.
Também somos apresentados a novas raças – OK, a maioria só faz figuração mesmo – e a novos planetas, sempre mantendo a qualidade que toda a série teve nos efeitos e detalhes. As batalhas são grandiosas e o combate final é de tirar o fôlego.
E, claro, Darth Vader está presente, roubando a cena em todas as suas aparições. Também existe uma outra participação especial, mas não darei este spoiler.
Além de ser um grande e valioso fan service, o filme consegue expandir ainda mais a galáxia e os personagens do universo, entregando uma nova história que se encaixa muito bem na trilogia original. Apesar dos boatos de problemas que acompanharam a produção com regravações de cena e mudanças na edição, o resultado final do filme agradará aos fãs antigos e novos.
Nota: 4/5
You might also like
More from Filmes, HQs e Séries
Oscar 2018 confirma influências culturais do México nos Estados Unidos
As premiações de Melhor Direção para Guillermo del Toro com “A Forma da Água” e Melhor Animação para o filme …
Up! Altas Aventuras anuncia novo show no Animal Kingdom
Em 2018 uma nova atração aguarda os fãs de “Up! Altas Aventuras” (2009) no parque temático Animal Kingdom, na Disney, …
Festival Internacional de Cinema de Trento, na Itália, promove proteção ambiental
A cidade italiana de Trento, no norte da Itália, abriga um dos mais tradicionais e diferentes eventos de cinema da …