A minha primeira impressão é que o clipe é um misto de slutwave*, com aleatoriedades na frustrada tentativa de parecer legal, nem o carrão, nem o sangue no final, nem a igreja, nem os tigres e nem o cigarrinho do diabo, dedo de gorila, beck, perninha de grilo, giz, baseado, bagulho, fuminho, ervinha de satanás, salvaram neste caso.
Minha expectativa começou alta com a Lana Del Rey e começa a cair, a música se não é ruim, também não impressiona e a coisa toda começa a tomar contornos de fake, sem alma, música para vender, carne para vender, Açougue Del Rey.
É uma linha tênue explorar a música com sensualidade e explorar a sensualidade pra fazer música. Enxerguei a Lana na primeira opção no começo, hoje começa a se desenhar mais uma linha pré-formatada de uma artista sem identidade, que reza a cartilha que os chefes apresentam pra ela. Vai longe essa menina.
“Manda 3kg de Lana sem osso, o chefia.”
“Sem osso é impossÃvel patrão.”
“Então, ahh então embrulha 1 kg de maminha Katy Perry.”
*slutwave são artistas que colocam o foco em seus corpos e no erotismo, deixando a música em segundo plano.
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9 Comments
Nunca curti essa menina, tem uma voz boa mas só é mais um rostinho bonito e tenho dito: só faz sucesso por causa de todo esse botox.
Isso que me da raivinha nesse pessoal indie. Se ela fosse totalmente underground vocês estariam mamando ela agora. Não se pode deixar influenciar a opinião pelos requisitos exteriores a música, o certo para admiradores DE VERDADE de música, seria analisar a música em si, e depois, logo depois, o contexto, sendo este um fator complementar, mas não decisivo. Os boatos que correm da super pré produção dela por ai não interessa, julga a música porra, se a música é boa sim ou não, porque a maioria dessas bandinhas indies que vocês tanto idolatram são mais comerciais que ela, no entanto, por estar no underground ou se for composta por membros que possuam membros vocês as exaltam. Na falta de argumento criticam a aparência dela, meu Deus, eu tento mensurar o quanto ridiculo isso me soa, mas não consigo. Sua opinião é totalmente movida por essa síndrome ridícula que cada vez mais se faz presente nessa geração atual, é na temática: se a katy perry fizer uma música MUITO BOA, eu não vou ouvir simplesmente porque é a Katy Perry. Isso mostra que vocês ouvem rótulos e não a música propriamente dita 😉