Semana meio fraca. Temos aí um disco nota 8, dois discos nota 7, e o resto só passa de ano no conselho de classe.
Esqueci de ouvir alguma coisa? Diz aí nos comentários.
A próxima semana promete ser mais animada em termos de lançamentos, dia 21 teremos de Lady Gaga até Leonard Cohen. Isso para ficarmos apenas na letra L.
Jagwar Ma – Every Now & Then (psicodélico, baggy, dance alternativo])
Em junho de 2013, eu escrevi todo deslumbradão com o disco de estreia do Jagwar Ma:
“Na próxima semana o duo de Sydney, Jagwar Ma, lança o álbum de estreia, intitulado Howlin. Com canções contagiantes, misturando rock alternativo, dance music e pop, o som é uma infusão de nostalgia pela atmosfera retrô; psicodelia nos efeitos, nos timbres, nos ritmos; batidas e loops dançantes; vocais chapados. Boa parte dessa mistura são os mesmos ingredientes das bandas que emergiram na cena Madchester e no gênero baggy do final dos anos 80, representado no som de bandas como: Happy Mondays, The Stone Roses e The Charlatans.”
E cá estamos três anos depois, sem tanto entusiasmo com o prosseguimento da banda em Every Now & Then. Todos os elementos acima mencionados continuam presentes, e os australianos continuam entregando, de tal forma que o disco tá bom. Mas parece que faltou um tanto de vigor e experimentação, faltou aquele hino, faltou o ótimo neste álbum.
Two Door Cinema Club – Gameshow (indie pop/rock)
Eu sempre achei o Two Door Cinema Club uma banda bem acima da média. E o que não falta é gente pra criticá-los. Por ser pop, farofa, ou indie farofa. TDCC não passa de ano com o sujeito que se julga um grande entendedor de música (na maioria dos casos não entende). Afinal como conhecer música, sem se propor a ouvi-la e entendê-la? Quem quiser discutir música com seriedade tem, no mínimo, a obrigação de entender o fenômeno e colocar de lado a paixão, o gosto pessoal.
O TDCC começou com hinos do indie, na época que a sonoridade aguda e dançante das guitarras estava em evidência também com outras bandas, como Phoenix e Vampire Weekend. Classificar uma banda como boa, vai muito além do tipo de som que ela toca. É preciso entender o contexto no tempo em que elas estão inseridas, e como souberam traduzir isto em canções que as pessoas queriam ouvir. No final, uma grande banda, sempre se fará com grandes músicas, por mais simplista que esta definição possa parecer… são poucas realmente capazes de escrever uma grande canção, um hino que fará multidões cantar. E o TDCC tem conseguido fazer duas ou três por disco.
Em seu novo álbum, Gameshow, o trio dá um passo para dentro da disco music, new wave e Michael Jackson para mostrar gemas como “Are We Ready (Wreck)” e “Bad Decisions“. O disco perde um pouco da força depois de “Gameshow”, mas essa nova sonoridade, esse rebolado, é muito bem visto também em “Fever” e na daft punknística “Surgery”. Ao contrário de outras odiadas bandas do indie da década passada, o Two Door Cinema Club vai para o alto e avante, se tornar uma banda maior do que já é.
Kings of Leon – Walls (rock padrão)
Kings of Leon retorna com o sétimo álbum de estúdio, intitulado Walls. O álbum foi produzido por Markus Dravs, conhecido por seu trabalho com o Arcade Fire e Florence + The Machine e traz 10 faixas que irão dividir opiniões. O KoL se tornou uma banda superada? Ou ainda consegue propor canções que aceitem adjetivos mais assertivos do que apenas “interessante”?
Mono – Requiem for Hell (Post-rock)
A banda japonesa Mono lança o nono álbum de estúdio, Requiem for Hell. São 5 faixas de deleite emocional/introspectivo ao longo de 46 minutos de dinâmicas, texturas, construções e arranjos esculpidos para contemplar. O disco foi gravado novamente com Steve Albini, o que não acontecia desde Hymn to the Immortal Wind (2009).
The Lemon Twigs – Do Hollywood (indie pop)
The Lemon Twigs lança o seu disco de estreia, pela 4AD. Qualquer semelhança com a sonoridade do pop rock dos anos 70 não é mera coincidência, disco good vibe, que traz um certa teatralidade também. Coloque Todd Rundgren, Big Star, Wings e Supertramp no liquidificador com Hair e os Muppets e saí algo por aí. O álbum conta com produção de Jonathan Rado, figura compositora do Foxygen que foi entrevistado por este site, vai ali no pesquisar que você encontra.
e MAIS…
Real Numbers – Wordless Wonder (indie rock)
Red Fang – Only Ghosts (rock de “machinho” com cara de mau)
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